terça-feira, 27 de novembro de 2007

Ciranda do Programa Mãe Coruja é apresentada em Ouricuri

A Ciranda do Programa Mãe Coruja, composição de Frei Aluízio Fragoso, foi lançada no encontro com os Agentes Comunitários de Saúde, em Ouricuri.

Veja a letra:

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis

A mãe coruja
Tem o olho arregalado
Vê de frente e vê de lado
Olha em toda direção.
Pois dessa forma
Nada escapa ao seu cuidado.
E pra nós a mãe coruja
Simboliza o coração.

De coração
O Programa “Mãe Coruja”
Se apresenta em Pernambuco,
Mata, agreste e no sertão.
Pra garantir
O direito da mulher
De parir com segurança
Alegria e gratidão.

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis

O ‘Mãe Coruja”
Não quer dar lições de vida
Pois na escola do mundo
Quem viveu é diplomado
Mas vem trazer
Os recursos necessários
Trabalhar em parceria
Dividir aprendizado.

O ‘Mãe Coruja”
Reconhece na mulher
O direito de ser mãe
Quando ama e quando quer
Mas todo filho
Já nascido ou por nascer
Diz à mãe “mamãe querida
Meu direito é seu dever”.

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis
O “Mãe Coruja”
Só tem uma pretensão
Ver a mãe carente e pobre
Recebendo proteção
Todo cuidado
Com a mãe vai para o filho
Pelo tempo em que a criança
Mais precisa de atenção.

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis


Toda mãe sabe
Que um filho é dom da vida
E a vida é dom de Deus
Feita à sua semelhança
Todo cuidado
Todo afeto e sacrifício
São o preço do que vale
O futuro da criança.

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis

Prova de amor
É cumprir todo o prescrito
Para um parto garantido
Seja em casa ou no hospital
Mesmo calado,
Escondido na barriga
O bebê está perguntando
Se mamãe fez pré-natal.


Vida é beleza
Mas da vida este legado
Tem um preço redobrado
De amor, coragem e fé.
Amor começa
Pelo cuidado da gente
Quando a vida é uma semente
Na barriga da mulher.

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis




Vamos à luta
Que a vida é dom maior
Garantida pelo amor
Do dono da criação.
“mamãe, se cuide,
Me dê saúde e carinho
Eu espero sentadinho
Junto do seu coração”.

Cirandeiro,cirandeiro,ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol / Bis

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Mãe Coruja realiza capacitação de 400 Agentes Comunitários de Saúde no Sertão

Flagrante de ação do Mãe Coruja Pernambucana em Ouricuri


Na próxima segunda-feira, equipes das secretarias de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos estarão em Ouricuri, realizando um trabalho conjunto de capacitação de 400 Agentes Comunitários de Saúde. As atividades envolverão os agentes de Ouricuri, Exu, Moreilândia, Granito, Bocodó e Parnamirim, todos da IX GERES.

A metodologia utilizada será a mesma do encontro realizado com médicos, dentistas e enfermeiros e dentistas da região. Dom Aluízio Fragoso fará parte novamente da equipe, que terá a participação de diferentes profissionais. Em 17 de dezembro, será realizada a última capacitação dos municípios da região.

***
Veja a programação completa

Programação encontro Mãe Coruja Pernambucana com ACS da IX GERES
Dias 27, 28 e 29 de novembro de 2007

Dia 27/11 – Ouricuri
Dia 28/11 – Exu, Moreilândia e Granito
Dia 29/11 – Bodocó e Parnamirim

8h: Inscrições e formação do grande grupo

8h30
Dinâmicas de apresentação
Conversa introdutória: Frei Aluízio Fragoso
Programa Mãe Coruja Pernambucana (Ana Elizabeth de Andrade Lima)

10h
Lanche

10h15
Divisão em grupos para discussão
1. O que é saúde?
2. Eu e a saúde
3. Eu e o “Mãe Coruja”

Socialização da discussão (com tarjetas, formando um mural)

12h30 – almoço

14h – Exibição do filme “Vida Maria”.
Apresentação dos representantes das secretarias

15h30 – Debate

16h15 – Encerramento

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Frei Aluísio Fragoso participa de Oficina do Programa Mãe Coruja em Bodocó


Dom Aluísio Fragoso, na conversa com os profissionais de saúde do Sertão

Dom Aluísio Fragoso, um frade franciscano que há 30 anos desenvolve um trabalho no bairro do Coque, no Recife, foi o responsável pela abertura da oficina que apresentou o "Protocolo Operacional do Mãe Coruja Pernambucana", em Bodocó, no Sertão do Estado, nesta terça-feira. Participaram do evento cerca de 100 profissionais, entre médicos, enfermeiros, dentistas, agentes comunitários de saúde, profissionais da educação, da assistência social e gestores, dos municípios de Bodocó, Exu, Moreilândia e Granito.


Para provocar uma reflexão sobre o trabalho dos profissionais da área de saúde, ele lembrou de um circo, que estava montado em um terreno da cidade. "O circo se parece um pouco com a gente aqui: precisamos usar a imaginação". Ele recordou a história de um pequeno circo, armado no interior. Mágico, trapezista, bailarina, palhaço, todos fantasiados. De repente, surge um incêndio. O dono chama o palhaço, pedindo para que corresse à cidade, pedindo ajuda.

Na cidade, o palhaço começa a gritar:

"Tragam água, o circo está pegando fogo. Venham, que o circo está pegando fogo!”, e era muito aplaudido.

O circo pegou fogo, porque ninguém acreditou nele.

Para Fragoso, o palhaço tinha uma verdade urgente, mas estava vestido de palhaço.

“A maior palhaçada é a distância entre o que a gente pensa, diz, faz e é”. Para ele, a situação do mundo atual é muito parecida com esta pequena cena.

Para um público atento, ele falou sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde, num mundo mercantilizado, onde o "ter" é mais importante que o "ser". Fragoso acredita que o mundo atual vive num sistema de vida e morte, e que é impensável alguém ficar neutro.

“Não existe a possibilidade de ter uma postura neutra – ou você se recusa, não aceita que o ser humano é um mistério, e faz do seu exercício apenas uma tarefa, ou você entende este mistério, quer aprofundar este enigma, e vai aprofundar o sentido da sua profissão. Você é chamado a se deparar com o ser humano. O médico, o enfermeiro, vai ver que sua tarefa não é cuidar de feridas, mas salvar vidas".

Citando passagens da Bíblia e experiências que viveu ao longo de três décadas no Coque, ele resgatou para a postura humanizada dos profissionais de saúde.


"De vez em quando, um médico sente, pelos olhos, que está ressucitando uma pessoa. Há 30 anos trabalho no Coque. Vejo pessoas que vão ao médico mortas, e voltam vivas. Quem salva é uma palavra, um jeito de falar do médico".

Após a exposição de Dom Fragoso, a equipe da Secretaria de Saúde apresentou detalhadamente o Mãe Coruja Pernambucana, bem como o Protocolo Operacional. Ana Lúcia Miranda, representando a Secretaria Estadual de Educação, e Rizete Costa, da Secretaria de Desenvolvimento, Assistência Social e Direitos Humanos, detalharam sobre a articulação do Mãe Coruja com várias secretarias.

À tarde, o grupo assistiu e discutiu a animação "Vida Maria", de Márcio Ramos, uma animação que mostra a realidade das mulheres sertanejas a partir da repetição dos ciclos de vida, da infância ao envelhecimento.


Valma, do município de Exu, lembrou a importância de uma sensibilização, antes do lançamento de um Programa como o Mãe Coruja. "Acho que o que está faltando é isso que o frei falou aqui. Gostei porque, antes de lançarem um programa, sensibilizaram primeiro o coração, que foi a primeira coisa aqui hoje, falando do amor, do coração. A gente sabe onde estão esses maiores problemas. Às vezes você atende com uma cesta básica, e não serve nada. Às vezes, você dá um abraço, e atende a tudo. Numa reunião com as enfermeiras do Exu, falei do lado humano. Falei das vidas fragilizadas. O que está faltando, em nós mesmos, é implementar isso, o amor, chegar mais perto”.

Ps. Nesta terça-feira, as equipes da Secretaria Estadual de Saúde e do Mãe Coruja Pernambucana estarão no município de Ouricuri, realizando a Oficina com os profissionais de Ouricuri, Parnamirim, Santa Cruz e Santa Filomena.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Programação das Oficinas nos dias 6, 7 e 8/11/07

8h às 8h30: Chegada dos participantes e entrega do material
8h30 às 10h: Sensibilização com o grupo ALMA (amor, literatura, movimento e arte) e Frei Aluisio
10h às 10h15: Intervalo
10h15 às 10h45: Apresentação do Programa Mãe Coruja Pernambucana
10h45 às 11h15: Apresentação dos eixos estratégicos
11h15 às 12h: Apresentação do conceito de Rede de Saúde e o Fortalecimento da Atenção Primária

12h às 14h: Almoço

14h às 15h: Apresentação do vídeo “Vida Maria” e debate
15h às 15h30: Apresentação do Protocolo Operacional
15h30 às 16h30: Discussão e encaminhamentos do Protocolo
16h30: Encerramento da Oficina e assinatura da Carta de Compromisso com o Programa Mãe Coruja Pernambucana

Decreto de criação do Programa Mãe Coruja

DECRETO Nº 30.859, DE 04 DE OUTUBRO DE 2007.

Cria o Programa Mãe Coruja Pernambucana, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 37, inciso IV, da Constituição Estadual, e
CONSIDERANDO a necessidade de garantir os direitos reprodutivos das mulheres e o direito à infância desde o primeiro ano de vida, melhorando os indicadores materno-infantis no Estado de Pernambuco;
CONSIDERANDO que as ações voltadas para a garantia desses direitos e a redução da morbi-mortalidade materna e infantil devem ser articuladas e integradas em todos os órgãos do Governo do Estado que formulam e executam as políticas públicas relativas à mulher e à criança;
CONSIDERANDO a necessidade de promover essas ações articuladas, constituindo uma rede de solidariedade entre as Secretarias Estaduais de Saúde, de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, de Educação, de Juventude e Emprego, de Agricultura e Reforma Agrária, da Mulher e de Planejamento e Gestão;
CONSIDERANDO, por fim, o Pacto Pela Vida, capitaneado pelo Governador do Estado, cujo objetivo é integrar as ações dos Governos Estadual, Federal e Municipais, com participação permanente da sociedade,
DECRETA:
Art. 1º Fica criado, no âmbito do Estado de Pernambuco, o Programa Mãe Coruja Pernambucana, com os seguintes objetivos:
I – articular, formular, executar e monitorar ações que promovam a redução da morbi-mortalidade materna e infantil no Estado de Pernambuco;
II – garantir atenção integral e humanizada à mulher durante o ciclo gravídico-puerperal;
III – garantir atenção integral e humanizada às crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos;
IV – fortalecer os Comitês de Estudos da Mortalidade Materna e Comitês de Prevenção e Redução da Mortalidade Infantil em todo o Estado;
V – consolidar os direitos de cidadania pela garantia de acesso à documentação;
VI – fortalecer vínculos familiares através da proteção social básica;
VII – melhorar a regularidade, quantidade e qualidade da alimentação das crianças, gestantes e nutrizes com vistas à Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável;
VIII – promover ações de inclusão produtiva através de políticas emancipatórias sustentáveis;
IX – consolidar a alfabetização das famílias acompanhadas;
X – propiciar espaços de informação e qualificação profissional das famílias beneficiárias;
XI – promover ações articuladas, constituindo uma rede de solidariedade entre as Secretarias Estaduais de Saúde, de Educação, de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, de Agricultura e Reforma Agrária, de Planejamento e Gestão, de Juventude e Emprego e de Mulher.
Art. 2º O Programa Mãe Coruja Pernambucana terá um Conselho Consultivo, com objetivo de definir as suas diretrizes gerais, assegurar a obtenção dos recursos necessários para a implementação das suas ações e avaliar os resultados previstos em cada etapa, integrado pelos seguintes membros:
I – Governador do Estado, que o presidirá;

II – Vice-Governador do Estado;
III – Secretário de Saúde;
IV – Secretário de Educação;
V – Secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos;
VI – Secretário de Agricultura e Reforma Agrária;
VII – Secretário de Planejamento e Gestão;
VIII – Secretário Especial de Juventude e Emprego;
IX – Secretária Especial da Mulher.
Parágrafo único. O Coordenador do Conselho será designado por ato do Governador do Estado, tendo por competência a elaboração de plano de trabalho onde conste a estruturação do conjunto de atividades relativas à implementação do Programa Mãe Coruja Pernambucana, os recursos necessários e suas fontes, as atribuições de cada órgão envolvido e o cronograma de implantação das atividades.
Art. 3º O Programa Mãe Coruja Pernambucana será gerenciado pelo Comitê Executivo, composto por representantes das seguintes Secretarias:
I - Secretaria de Saúde;
II – Secretaria de Educação;
III – Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; e
IV – Secretaria Especial da Mulher.
Parágrafo único. O representante da Secretaria de Saúde será o Coordenador do Comitê Executivo.
Art. 4º O Comitê Executivo será auxiliado no monitoramento e avaliação do Programa pelo Comitê de Assessoramento, composto por representantes dos seguintes órgãos:
I - Gabinete do Governador,
II - Secretaria de Saúde;
III – Secretaria de Educação;
IV – Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos;
V – Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária;
VI – Secretaria Especial de Juventude e Emprego; e
VII – Secretaria Especial da Mulher.
Art. 5º Serão criados Comitês Regionais, mediante Decreto específico, com a função de implementar e supervisionar a execução das ações e atividades nos Municípios, bem como sensibilizar os gestores municipais acerca da relevância da sua integração ao Programa, com sede nas seguintes cidades:
I – Recife;

II – Limoeiro;
III – Palmares;
IV – Caruaru;
V - Garanhuns;
VI – Arcoverde;
VII – Salgueiro;
VIII – Petrolina;
IX - Ouricuri
X - Afogados da Ingazeira; e
XI - Serra Talhada.
§ 1º Cada Comitê Regional terá seu âmbito de atuação adstrito aos Municípios que compõem as Gerências Regionais de Saúde, cujas sedes estão indicadas nos incisos I a XI do caput deste artigo.
§ 2º Serão convidados a compor os Comitês Regionais representantes dos Municípios participantes do Programa na Região, designados por ato do Governador do Estado após indicação do Chefe do Poder Executivo Municipal.
§ 3º Serão convidados, ainda, a compor os Comitês Regionais profissionais habilitados nas diversas áreas de interesse que envolvem a concepção do Programa Mãe Coruja Pernambucana.
§ 4º Os Comitês Regionais deverão elaborar relatório gerencial mensal para o Comitê Executivo sobre a evolução e desenvolvimento das atividades atinentes ao Programa ora instituído.
Art. 6º Os membros dos Comitês, inclusive seus Coordenadores, serão designados por ato do Governador do Estado, após indicação do titular de cada órgão.
Art. 7º Fica criado o Comitê Regional do Programa Mãe Coruja Pernambucana com sede no Município de Ouricuri, em conformidade com os artigos 5º e 6º deste Decreto.
Art. 8º Fica vedada a percepção de qualquer remuneração em decorrência da participação nos Comitês e no Conselho do Programa Mãe Coruja Pernambucana.
Art. 9º O plano de trabalho de que trata o parágrafo único do artigo 2º deste Decreto deverá ser elaborado e submetido à aprovação do Conselho Consultivo no prazo de 90 (noventa) dias.
Art. 10 As despesas decorrentes da execução do presente Decreto correrão à conta de dotação orçamentária própria.
Art. 11 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 12 Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO DO CAMPO DAS PRINCESAS, em 04 de outubro de 2007.

EDUARDO HENRIQUE ACCIOLY CAMPOS
Governador do Estado
LUIZ RICARDO LEITE DE CASTRO LEITÃO
JORGE JOSÉ GOMES
DANILO JORGE DE BARROS CABRAL
ROLDÃO JOAQUIM DOS SANTOS
ÂNGELO RAFAEL FERREIRA DOS SANTOS
ANTÔNIO BARBOSA DE SIQUEIRA NETO
PEDRO JOSÉ MENDES FILHO
CRISTINA MARIA BUARQUE
FRANCISCO TADEU BARBOSA DE ALENCAR


ATO DO DIA 04 DE OUTUBRO DE 2007.

O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso de suas atribuições RESOLVE:

Nº 4967 - Designar, tendo em vista o disposto no parágrafo único do artigo 2º do Decreto nº 30.859, de 04 de outubro de 2007, para compor o Conselho Consultivo do Programa Mãe Coruja Pernambucana, RENATA DE ANDRARE LIMA CAMPOS, na qualidade de Coordenador.