A microcefalia foi tema de discussão e análise em palestra realizada para coordenadores e colaboradores do Mãe Coruja. Nesta quarta-feira, no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a professora e médica Ângela Rocha, chefe da infectologia pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), fez uma abordagem sobre a doença rebuscando desde o surgimento dos primeiros casos e passando por números gerais em nível estadual, levantados em um período que se estende entre 1 de agosto e 30 de dezembro de 2015 (ao todo, 1.185 casos notificados nos meses citados). No Brasil, foram 3.174 casos no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde.
Também falaram aos coordenadores o diretor geral de Controle de Doenças e Agravos, George Santiago, e a superintendente da Diretoria Geral de Modernização e Monitoramento da Assistência à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Andréa Franklin. Agora, no turno da tarde, será apresentado o fluxograma do Canto Mãe Coruja para o monitoramento e acompanhamento dos casos de microcefalia das crianças do programa. A Sanitarista e coordenadora do Grupo de Pesquisa do Mãe Coruja, Lusanira Santa Cruz, está responsável por toda a apresentação e dinâmica. Os assuntos relacionados com a Microcefalia no programa, divulgados e trabalhados, tem como responsável a professora da UFPE e doutora Tânia Andrade Lima. Ao final de cada exposição, coordenadores interagiram diretamente através de perguntas e questões colocadas aos especialistas.
MICROCEFALIA
A microcefalia faz com que o bebê nasça com o crânio do tamanho menor do que o normal. A má formação da cabeça é diagnosticada quando o perímetro dela é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham 34 cm, no mínimo. A principal hipótese discutida para o aumento de casos de microcefalia está relacionada a infecções pelo Zika, que foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, assim como a dengue e o Chikungunya.
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