terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Mãe Coruja simbólica tem filha cesariana, que passa bem




Como já dizia o frei Aluísio Fragoso nas letras da ciranda que ele compôs para o Programa Mãe Coruja, “O Mãe Coruja só tem uma pretensão. Ver a mãe carente e pobre recebendo proteção. Todo cuidado com a mãe vai para o filho pelo tempo em que a criança mais precisa de atenção”. E foi exatamente protegida pela proposta do programa que nasceu a primeira “corujinha”. Gabrielle, que veio ao mundo com 2.010 Kg, nasceu um pouco antes do previsto, após sete meses dentro da barriga da mãe, Janimeire Ventura, de 33 anos.

Janimeire é professora de Exu, município da IX Regional, e é lá onde mora. Mas, devido a complicações na 33ª semana de gestação, teve que ser encaminhada às pressas para o Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip). Depois de se submeter a uma cesariana e receber todos os cuidados necessários, mãe e bebê passam bem. A mãe já recebeu alta, mas Gabrielle, por ter nascido prematura, ainda continua no berçário tomando banho de luz para reduzir a bilirrubina no sangue. O pigmento de cor amarelada, produzido pelo metabolismo das células vermelhas é característica da icterícia que acomete com freqüência os prematuros.

Até se recuperar da alteração fisiológica e ganhar mais peso, o bebê permanece no berçário. “Não vejo a hora de voltar com minha filha pra Exu, mas só saio daqui com ela saudável”, disse Janimeire. A professora, que está radiante com o nascimento da segunda filha, foi considerada a representante das mães da Gerência Regional de Ouricuri, local onde foi lançado o Programa Mãe Coruja, em outubro deste ano.

Por fazer parte do programa, Janimeire recebeu um kit equipado por um álbum do bebê, fraldas, banheira, bolsa, toalhas e lençóis. O bebê terá sua saúde acompanhada, o que significa, entre outras coisas, melhorar sua nutrição e o cumprimento do calendário de vacinas.

Blânia Leuchtemberg