terça-feira, 17 de junho de 2008

Mãe Coruja avança no Sertão do Moxotó

Foto de Iramarai Vilela (Grupo Alma)

Vários técnicos de diversas secretarias estão participando das novas ações do Programa Mãe Coruja Pernambucana no Sertão do Moxotó. Hoje e amanhã, serão realizadas as capacitações dos profissionais (psicólogos e assistentes sociais) que vão trabalhar no "Canto da Mãe Coruja". Também participarão os 13 representantes do Comitê Regional.


Na quinta-feira (19), haverá um grande encontro do Mãe Coruja na região. Desta vez, será com os profissionais que trabalham nos PSF (médicos, enfermeiros, dentistas), além dos que atuam nos CRAS (educadores e assistentes sociais) e extensionistas do IPA. A previsão é de um grande encontro, durante todo o dia, com aproximadamente 250 pessoas.


Na semana que vem, o Mãe Coruja começa a sensibilizar os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A ação vai começar nos municípios de Arcoverde, Pedra e Venturosa. Depois, vai aos municípios de Buíque e Tupanatinga. O terceiro grupo de ACS sensibilizados vai ser os dos municípios de Sertânia, Ibimirim e Custódia. Por último, Petrolândia, Manari, Tacaratu, Inajá e Jatobá.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Equipe do Mãe Coruja Pernambucana visita o bem sucedido Mãe Curitibana





Uma equipe do Programa Mãe Coruja Pernambucana, liderada pela primeira-dama, Renata Campos, viajou a Curitiba, na última sexta-feira, para conhecer de perto o programa Mãe Curitibana, lançado em março de 1999, na capital do Paraná. Depois de quase dez anos de ação initerrupta, a iniciativa vem conseguindo reduzir a cada ano a mortalidade materno-infantil. Hoje, a taxa de mortalidade infantil em Curitiba está em 10.6 por mil nascidos vivos. O objetivo do Programa, em 2008, é baixar este índice para menos de 10, o que os técnicos curitibanos denominam de “meta mobilizadora”.

A equipe foi recebida pela secretaria municipal de Saúde, Edmara Fait Seegmuller, acompanhado de uma equipe responsável pelas ações do projeto. Após uma série de explanações sobre o surgimento, forma de trabalho, a equipe da SES foi à Unidade de Saúde Especializada Mãe Curitibana - lugar de referência para acolhimento e encaminhamento dos mais variados casos, envolvendo a mulher gestante e seu bêbê.

Ali, funciona toda a parte de imagens, banco de leites, vacinação, cirurgias de alta freqüência, acolhimento dos bêbês em situação de risco. “Antes, as coisas eram espalhadas, a gente tinha dificuldades no atendimento”, explicou Edmara, acompanhada de uma equipe de profissionais de saúde. No terceiro andar, há o serviço de apoio, uma rede de proteção às crianças em risco social. “Os casos entram pela saúde e a gente discute os caminhos, a rede de proteção”, diz Edmara. No segundo andar, o espaço é dedicado ao aleitamento materno. No dia 8 de maio, foi inaugurado o Posto de Coleta de Leite Humano.

A equipe da SES acompanhou todos os setores da unidade de saúde. No primeiro andar, viram os dois consultórios de mastologia, onde são feitas também biópsias de nódulos. Nas duas salas de ecografia, são feitas mais de dois mil exames por mês. No térreo, há salas para oficinas, um espaço multi-uso, que serve para trabalhos com gestantes, fisioterapias, palestras etc.

Ações de longo prazo – Mesmo com os resultados positivos obtidos pelo Mãe Curitibana, Edmara destacou a importância das ações a longo prazo, que vêm sendo realizadas na capital do Paraná. Ela mesma está na Prefeitura de Curitiba desde 1985. “Isso tudo aqui nós fomos conseguindo ao longo dos anos, fomos garantindo com nossa luta. É um acúmulo de histórias de vinte anos. Se criou uma consciência na sociedade curitibana”.

O Programa completa dez anos de funcionamento em 2009, mas não corre o menor risco de sofrer mudanças estruturais, fruto das mudanças políticas. Todos os funcionários que trabalham no Mãe Coruja fizeram seleção pública. “Quem quer deixar sua marca, tem que pensar na sustentabilidade”, frisou Edmara.

Ao trocar idéias sobre o Mãe Coruja Pernambucana, ela comparou com um filho. “Ele não nasce com 18 anos. Vai nascer pequenininho, vai crescer. O Mãe Coruja é ainda um recém-nascido”. Ela sugeriu que a SES pense na rede de sustentabilidade do Programa, para que ele ganhe forças, e também crie raízes na sociedade pernambucana.

Ao final da visita, Renata Campos disse que estava encantada com o Mãe Curitibana, que serviu de inspiração para o Mãe Coruja, mas lembrou que o desafio pernambucano é imenso, porque vai alcançar todo o Estado, até 2010, atendendo 150 mil mulheres grávidas. Apenas na região da IX Geres (Sertão do Araripe), onde o Programa foi lançado em outubro do ano passado, são previstos 6.500 partos por ano. É a região do estado com os piores indicadores de mortalidade materno-infantil. Na IX Geres, onde o Programa foi lançado há poucos dias, há cidades com índices de 40.43 mortos por mil nascidos vivos, como é o caso de Inajá.

“Vamos pegar muitas coisas daqui e adaptar. Está tendo uma troca. Em Pernambuco, agregamos ao Programa várias secretarias, como a Secretaria da Mulher, Juventude, Trabalho e Renda, Educação, Saúde, Desenvolvimento Social. Estamos dando atenção ao vínculo mãe-filho-família”.



Equipe da SES que viajou a Curitiba:
Renata Campos (Primeira Dama e coordenadora do Mãe Coruja)
Ana Elizabeth de Andrade Lima (Gerente da Política de Saúde do Estado)
Verônica Medeiros (Assessora)
Martha Wanderley, Iramarai Vilela e Samarone Lima (Grupo ALMA: Amor, Literatura, Movimento e Arte)