segunda-feira, 20 de abril de 2015

INFLUENZA: informações sobre a doença e campanha de vacinação







                             
                                 CAMPANHA 2015


 17ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza será realizada no período de no período de 27 de abril a 22 de maio de

2015, sendo 9 de maio, o dia de mobilização nacional.







 Objetivo


Reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, na população alvo para a vacinação.

População alvo:

No Brasil, a população alvo será de aproximadamente 49,6 milhões de pessoas. Em Pernambuco, a
população alvo será de aproximadamente 2,09 milhões de pessoas. Deverão receber a vacina influenza:

. Crianças de 6 meses a menores de 5 anos (até quatro anos, 11 meses e 29 dias): todas as crianças que já receberam uma ou duas doses da vacina da influenza sazonal em 2014, devem receber apenas 1 dose em 2015. Deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose.

. Gestantes: todas as gestantes em qualquer idade gestacional. Não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez. A vacinação de gestantes contra a influenza é segura em qualquer idade
gestacional.
. Puérperas (até 45 dias após o parto): todas as mulheres no período até 45 dias após o parto deverão receber a vacina, apresentando qualquer documento durante o período de vacinação (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros).

. Trabalhador de Saúde: todos os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade.
. Povos indígenas: toda população indígena, a partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é articulada entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena (SESAI).

. Indivíduos com 60 anos ou mais de idade: todos deverão receber a vacina Influenza.

. População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: o planejamento e operacionalização da vacinação nos estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça (Secretarias Estaduais de Segurança Pública ou correlatos), conforme o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (2.ª edição/ Brasília–DF, 2005); a Nota Técnica 121 SISPE/DAPES/SAS–PNI/SVS/MS–DEPEN/MJ de 01 de agosto de 2011; e Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014 que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

. Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais,
independente da idade, conforme indicação do Ministério da Saúde em conjunto com sociedades científicas.

Características:
  •  Doença respiratória viral que representa um problema de saúde pública no Brasil.
  •  Pode levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco (crianças menoresde 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas nãotransmissiveis e outras condições clínicas especiais.
  •  A OMS estima que a influenza acometa 5 a 15% da população mundial anualmente, causando 3 a 5
  • milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes.


Origem: 

. A influenza pode ser causada por três tipos de vírus: A, B e C. Os vírus A e B apresentam maior
importância clínica. Estima-se que, em média, as cepas A causem 75% das infecções, mas em algumas
temporadas, ocorre predomínio das cepas B.
. Durante a época de maior circulação dos vírus influenza, eles são identificados em até 30% dos casos
de síndrome gripal.
. Os vírus A são classificados em subtipos de acordo com as variações antigênicas em suas proteínas de
superfície. Os vírus B têm duas linhagens geneticamente distintas.

. Os tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis por epidemias sazonais de doenças
respiratórias que ocorrem em quase todos os invernos, com duração de quatro a seis semanas e que,
frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia,
especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco. Apenas os vírus A têm sido
identificados nas pandemias.

. Os vírus C raramente causam doenças graves.

. A presença de imunidade prévia reduz as chances de infecção, mas a imunidade a um subtipo A ou a
uma linhagem B confere pouca ou nenhuma proteção contra novas variantes. Assim, podem ocorrer
infecções por mais de um tipo ou subtipo de vírus influenza.

. A gravidade da doença é maior quando surgem cepas pandêmicas, para as quais a população tem
pouca ou nenhuma imunidade. Estas cepas também podem causar altas taxas de hospitalizações e
mortes durante algumas estações.

. A cepa A(H1N1)pdm09 tem causado maior impacto em adultos jovens (40-60 anos), a cepa A(H3N2)
em idosos e as cepas B em crianças adolescentes e adultos jovens. Entretanto, todas as cepas podem
causar infecções graves e mortes em pessoas de qualquer faixa etária.


Transmissão

. A transmissão dos vírus influenza ocorre por meio do contato com secreções das vias respiratórias
eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar (transmissão direta) ou através das
mãos ou objetos contaminados (transmissão indireta), quando entram em contato com mucosas (boca,
olhos, nariz). A elevada transmissibilidade dos vírus influenza faz com que eles se disseminem
facilmente, causando surtos e epidemias.
. A transmissão é alta em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semi
fechados, dependendo não apenas da infectividade das cepas, mas também do número e intensidade
dos contatos entre pessoas de diferentes faixas etárias
. Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não
imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus
na família e na comunidade, podendo eliminar os vírus por até duas semanas. Pessoas
imunocomprometidas podem excretá-los por períodos mais prolongados, até meses.


Manifestações clínicas

. O período de incubação dos vírus influenza varia entre um e quatro dias. A excreção viral nas secreções nasais usualmente surge 24 horas antes do início dos sintomas, sendo máxima nos primeiros três dias após início dos sintomas, coincidindo com a piora clínica e aumento da temperatura.

. Os sinais e sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática
até formas graves que podem causar a morte, principalmente em idosos e pessoas portadoras de
algumas comorbidades.

. A síndrome gripal se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares
(mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga.

. Embora a maioria das infecções por influenza tenha evolução autolimitada, a febre, em geral, é alta
(380C a 400C), podendo desencadear convulsão febril em crianças e levar ao absenteísmo à escola e ao trabalho. A febre, em geral, dura 3 a 5 dias, mas a tosse e a fadiga podem se prolongar por duas
semanas ou mais. Lactentes jovens infectados pelos vírus influenza podem apresentar quadro
semelhante à sepse. Infecções de mucosas, como otite e sinusite, e o agravamento de crises de asma e
bronquite crônica são muito comuns.
. Nos casos mais graves existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização. Nesta
situação, denominada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), é obrigatória a notificação às
autoridades de saúde.
. Dependendo da virulência das cepas circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta
substancialmente, não apenas pela infecção primária, mas também devido às infecções secundárias
por bactérias. Complicações cardíacas graves que levam à morte podem ser causadas por vírus A e B,
independentemente da presença de pneumonia.
. No manejo clínico, o uso precoce de antivirais nos grupos de risco reduz as chances de complicações.
. O uso do antiviral está indicado para todos os casos de síndrome gripal com condições e fatores de
risco para complicações e de síndrome respiratória aguda grave, independentemente da situação
vacinal. Nos pacientes com síndrome gripal sem condições e fatores de risco para complicações a
indicação do antiviral deve ser baseada em julgamento clínico, se o tratamento puder ser iniciado nas
primeiras 48 horas após o início da doença.
. A terapêutica precoce reduz tanto os sintomas quanto a ocorrência de complicações da infecção pelos
vírus da influenza, em pacientes com condições e fatores de risco para complicações bem como
naqueles com síndrome respiratória aguda grave. Mas, o antiviral apresenta benefícios mesmo se
administrado após 48 horas do início dos sintomas.


Prevenção

. A vacinação é a forma mais efetiva de prevenir a infecção e suas complicações.
. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por
pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, pode reduzir
o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte, em cerca
de 50% a 68%, respectivamente. Referem ainda redução de mais de 50% nas doenças relacionadas à
influenza.
. Dados de meta-análise de 31 estudos no período de 1967 a 2011 demonstrou uma eficácia geral das
vacinas influenza de 67%.
. A vacinação embora não confira proteção completa nem proteção contra todas as causas de morte,
previne aproximadamente 30% dos casos fatais e não fatais em idosos, independentemente da
etiologia, 40% dos casos de síndrome gripal e 50 a 70% das mortes em que o vírus influenza foi
identificado em laboratório.
. No Brasil, a campanha anual, realizada desde 1999, entre os meses de abril e maio, vem contribuindo
ao longo dos anos para a prevenção da gripe nos grupos vacinados, além de apresentar impacto na
redução das internações hospitalares, gastos com medicamentos para tratamento de infecções
secundárias e mortes evitáveis.


Informação:Coordenadora do Programa Estadual do Programa Nacional de Imunização : Ana catarina melo
Revisada pela Coordenação de Comunicação e Arte do Programa Mãe Coruja



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