sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Em defesa da vida o Programa Mãe Coruja Pernambucana completa oito anos


Caros leitores e colaboradores do Blog  Mãe Coruja Pernambucana

    Dia 04 de outubro de 2007 o Programa Mãe Coruja Pernambucana estava sendo lançado no Sertão do Araripe, Ouricuri, em uma grande festa onde todos os municípios desta região estavam presentes com sua cultura e seu povo, demonstrando um desejo de mudança da realidade ali instalada: os altos índices de mortalidade infantil e materna. Hoje, depois de oito anos de união entre  Estado, municípios e sociedade civil, onde o Programa foi implantado,  a certeza de termos contribuído de forma radical em uma mudança nos índices de mortalidade,ajudando consequentemente em sua diminuição no Estado. Através do trabalho de  nossos profissionais, de sua união com o município e a sociedade civil, tendo atualmente como forte ferramenta o seu Sistema de Informação  onde seus dados  propicia um   monitoramento  no cuidado com a mulher e a criança cadastrada no Mãe Coruja neste municípios, conquistamos reconhecimento  nacional e internacionalmente, possibilitando estados e países a replicarem a forma ética, solidária e justa de trabalharmos. 
      Agora, diante das crianças que ajudamos a salvar, nossa preocupação ainda mais nos envolve em seus cuidados em direção a um crescimento e desenvolvimento sadio. Estamos nos capacitando cada vez mais nesta direção, o Desenvolvimento Infantil.  A exemplo,  em julho de 2015, realizamos o IV  Encontro do Programa com o tema: "A Importância do  Desenvolvimento Infantil na Construção de uma Sociedade". Esta semana esteve participando em São Paulo, uma equipe do Mãe Coruja no V Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância. Desta forma, temos a certeza de  estarmos ajudando a construir um Pernambuco mais justo e fraterno.


Programa Mãe Coruja Pernambucana

                                                                                                         IV Encontro do Programa Mãe Coruja Pernambucana


O que é qualidade nas políticas e nos serviços de promoção ao desenvolvimento infantil?





    
      Em 2015, será abordada a temática da qualidade da atenção à Primeira Infância nas dimensões da política, da educação infantil, da saúde, do desenvolvimento social e da informação. A opção pela temática se dá pela urgência do debate de questões que ainda são críticas.

     Nos últimos quinze anos, o Brasil avançou em indicadores econômicos e sociais e ocupa, hoje, a sétima posição no ranking global de Produto Interno Bruto (PIB). Apesar disso, em termos de desenvolvimento humano, o país vem obtendo ganhos pouco expressivos passando, nos últimos catorze anos, de 0,731 para 0,744 no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ficando na 79ª posição de um ranking de 149 países.

     No que se refere à Educação, o País enfrenta desafios de cobertura de creches e pré-escolas alcançando 23% e 82% da população alvo, respectivamente. O Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado em junho de 2014, estabelece metas de 100% de cobertura de pré-escola para 2016 e de 50% para creches em 2024. O esforço para cumprir esse objetivo, entretanto, não pode deixar de ser acompanhado pela garantia de mais qualidade da educação infantil, apontada por diversos estudos como sendo, ainda, um grande desafio.
Já no tocante à Saúde, o índice de mortalidade infantil brasileira alcança a 14,9 por mil e, apesar da meta de redução dos Objetivos do Milênio ter sido atingida, ainda estamos longe da taxa auferida nos países desenvolvidos. Outro desafio dessa área é a mortalidade materna. O Brasil não cumpriu a meta e, embora a cobertura do pré-natal venha aumentando (cerca de 75% das parturientes compareçam a ao menos 6 consultas durante a gestação), somos campeões mundiais em o percentual de cesárias (52%), sendo que, em algumas maternidades, este percentual chega a 95%. Esses números são acompanhados de alarmantes índices de óbitos maternos e baixo peso dos recém-nascidos.
     
         Apesar dos reconhecidos avanços na Educação e na Saúde da Primeira Infância, é evidente que ainda temos muito a caminhar para promover o desenvolvimento das crianças pequenas no nosso País.
    Nas pesquisas encomendada pela FMCSV ao IBOPE e ao Instituto Frameworks, foram identificados desafios importantes sobre conteúdos e estratégias de comunicação relacionados ao desenvolvimento na Primeira Infância. Sabemos, por exemplo, que 53% da população acreditam que a criança só começa a aprender após os seis meses de idade, demonstrando que a população, inclusive as mães, valoriza os aspectos biológicos em detrimento dos aspectos socioemocionais e cognitivos do desenvolvimento. O próprio conceito de Primeira Infância não é conhecido pela população.
Nesse sentido e diante de tais desafios, para a quinta edição, esses assuntos serão debatidos por palestrantes nacionais e internacionais.


Matéria: Coordenação de Comunicação e Arte do Programa Mãe Coruja Pernambucana

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