quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Mãe Coruja em Santa Maria da Boa Vista fortalece os vínculos familiares através das histórias de vida






      Na tarde da última quarta-feira, dia 10 de setembro deste corrente ano, as profissionais do canto de Santa Maria da Boa Vista realizaram mais uma atividade no Canto Mãe Coruja, enfatizando a utilização do álbum do bebê que é entregue às mulheres no ato do cadastramento.
      Essa ação foi concretizada levando em consideração que a maioria das mulheres tem um zelo pelo material entregue sem que direcione o olhar corretamente quanto ao preenchimento do mesmo. É justamente esse momento de preparação que começamos a registrar os momentos de desenvolvimento da criança ainda no ventre de suas mães quando estão grávidas, em seguida, passados alguns meses o registro é feito novamente a partir do nascimento da criança. Foi pensando nisso, que resolvemos marcar o acolhimento familiar desenvolvendo os momentos mais elementares da vida das mulheres e crianças que são atendidas por nós profissionais do canto de Santa Maria, provocando o debate e estimulando o pensamento nas mulheres que nunca tiveram suas histórias de vida registradas e ressignificadas posteriormente no próprio seio familiar.
    Nossa tarde iniciou com a entrega das fotos retiradas no canto assim como preconiza a norma do Programa, e mostramos minuciosamente como se dá o preenchimento do álbum e colocação da foto entregue. Em seguida colocamos de maneira bem descontraída os principais temais destacados no álbum como: “Eu na barriga da minha mãe”, “Minha primeira foto”, “Chegou o grande dia”, sendo possível neste item dialogar mais profundamente sobre a escolha do nome e quem fez parte dessa escolha. Nas suas falas, as mulheres que se fizeram presente no momento do encontro, relataram que acontecia no município, em épocas anteriores, como por exemplo, ao processo de escolha do nome das mesmas, que era fornecido na cidade pela dona do cartório.

    Mediante suas narrações fomos percebendo a relevância do registro de cada história de vida por nós acompanhada, pois, muitas das mulheres presentes ainda não conseguiram descobrir a origem da escolha do seu nome, por que foi escolhido, que método foi utilizado pela tabeliã para tal artifício.

     Foi marcante o olhar das mulheres que não conseguiram mencionar a sua história de vida tendo como premissa a sua identificação, momento do parto, as primeiras visitas recebidas com a chegada da criança, o momento de retirada do registro civil, nº do livro, nº da folha, a descrição da mãe de como a mesma nasceu, como teve seu desenvolvimento narrando fase a fase, os principais momentos de família. Enfim, compreendemos que a nossa atitude, marcou em muitas das mulheres presentes o comportamento de reavivar um passado cheio de lembranças, a amargura pelo tempo não resgatado e a oportunidade que seus pais perderam de lhes contemplar com a narração de suas histórias de vida mostrada através de fotografias e mensagens.

Assim, finalizamos nossa tarde com a certeza de que essa atividade foi uma maneira prazerosa de ajudar as mães presentes a construir a identidade dos seus filhos a partir do momento em que existe a escolha do nome, na vivência que estes terão e na melhoria do relacionamento da família com essa construção, o que é estruturante na qualidade de vida familiar e nos seus respectivos fortalecimento de vínculos.



MATÉRIA: Programa Mãe Coruja – Santa Maria da Boa Vista - Girlândia César dos Santos
Revisão:Setor de Comunicação e Arte do Programa Mãe Coruja Pernambucana













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